Uma nova autópsia realizada por peritos brasileiros revelou detalhes impactantes sobre a morte da publicitária Juliana Maris, de 26 anos, que sofreu um acidente fatal durante uma expedição ao vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. O laudo foi apresentado nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, pelo renomado perito Nelson Massini, ao lado de familiares da vítima.
Segundo o documento, Juliana sofreu a primeira queda no dia 20 de junho, por volta das 17h (horário local), despencando aproximadamente 220 metros até atingir uma parede rochosa. Em seguida, ainda teria escorregado de costas por mais 60 metros, provocando múltiplas lesões internas e externas.
“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”, declarou o perito Nelson Massini, detalhando que a causa foi uma hemorragia interna intensa, consequência de ferimentos poliviscerais (que afetam diversos órgãos internos).
O laudo aponta que Juliana permaneceu com vida por até 32 horas após o acidente, agonizando em condições extremas no terreno acidentado do vulcão. Segundo a família, ela chegou a pedir socorro por pelo menos 14 horas.
Durante a coletiva, a irmã da vítima, Mariana Marins, relatou que uma turista espanhola teria visto Juliana ainda viva às 7h51 do dia seguinte à queda e ouvido seus gritos por ajuda.
A nova autópsia levanta questionamentos sobre a lentidão no resgate e a possível negligência das autoridades locais, já que o socorro só teria sido mobilizado horas após os primeiros relatos.
O caso gerou comoção internacional e reacendeu o debate sobre a segurança em trilhas e atividades de turismo de aventura em regiões remotas.
Deixe um comentário